quinta-feira, 17 de julho de 2014

PELO FIM DO MONOPÓLIO NOS TRANSPORTES DE BALSAS PARA O ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ!

A quem interessa o monopólio? Ao povo marajoara com certeza não, aos empresários e comerciantes locais, também não acredito, em nossa recente luta contra o aumento das taifas cobradas pela Henvil Transportes, e nos muitos debates, percebemos que a linha que trafega para o Marajó é mais que rendável, só quem não acredita nisso é o proprietário da empresa, que em todos os momentos estava reclamando de seus custos, mas antes a obviedade dessa informação, temos que avaliar o objetivo da existência desse monopólio, mas isso transformaria esse pequeno artigo em um texto longo por demasia.



Contudo, voltando ao nosso raciocínio, devemos visualizar a quantidade de veículos que nesse mês de julho ficaram, literalmente, a ver navios, no porto de Icoaraci, querendo uma vaga para chegar na ilha, mas não somente isso, o recente aumento barrado nas ruas e na justiça, implica em um explicação que tem que ser dada pelo governo do Estado, como pode uma empresa, explorando um serviço público, com toda a infraestrutura sendo cedida, ter prejuízo?

O Sr. Pulha Jatene está com a palavra, mas quantos vezes vamos ver o turismo em nossa região ser sabotado de forma tão vil e mesquinha?

Sem contar nos custos dos produtos da cesta básica, dos materiais de construção, dos materiais escolares e do preço dos combustíveis. Todos esses custos aumento com a logística de transporte para a região, cabe ao governo do Estado do Pará, discutir uma forma de subsídio para esses produtos por que acabam afetando o nível e a qualidade de vida de nossa população diretamente.

O que temos que construir para a população do lado de cá do Marajó é uma tarifa social, temos anos senso explorados por essas empresas que nada deixam para nós marajoaras, mesmo o poder público nos tem esquecidos por séculos, subsidiar um serviço que o estado deveria por lei oferecer, nada mais é que uma obrigação tardia a ser cumprida, oferecer subsídios para os itens elencados acima significa, dar dignidade para essa população!

Obviamente que isso deve ser parte de um conjunto de ações que possa integrar o Marajó ao desenvolvimento nacional, mas que possa pensar localmente, respeitando suas característica regionais e apontando rumo a biodiversidade local e a sua própria sustentabilidade, não é uma receita de bola e não pode ser apenas palavras bonitas colocadas lado a lado, tem que haver genuinamente um esforço coletivo de todos os níveis de poder, além é claro da mobilização da população local em construir canais de comunicação que possam refletir diretamente a opinião da ampla maioria do arquipélago.


Nisso o Movimento Acorda Marajó pode ter um papel decisivo, pois sua metodologia de luta privilegia o debate honesto, a organização do povo e o planejamento de ações a partir da nossa realidade local, hoje haverá uma reunião aqui em Soure para se começar a debate o fim do monopólio, apenas um passo, mas um passo necessário para se começar a discutir de forma séria e honesta, quem sabe assim podemos ter um Marajó com cidadania, dignidade e desenvolvimento sustentável.

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