quinta-feira, 27 de abril de 2017

REAJA PROFESSOR! ABRACE SEUS DIREITOS!



Atualmente estou me sentindo atônito e ao mesmo tempo preocupado. Torna-se um pesadelo imaginar que há projetos de reformas governamentais que podem tirar o meu sono pelo resto da vida e de tantos outros professores e professoras. Não há desconforto maior neste momento do que perder os direitos conquistados a muita luta. Já pensou nisso meu caro colega professor? Logo nós que temos, diga-se de passagem, a maior classe efetiva presente em todos os 5.569 municípios desse país e atuamos na área que a meu ver é essencial e indispensável no que diz respeito à formação científica, educacional, bem como no caráter pessoal do indivíduo como ser social. Ser professor é mais que uma profissão é missão, pois para ingressarmos nessa carreira estudamos, nos formamos, prestamos concurso legalmente para exercer tal função pública.

Diferente dos congressistas deste país, eleitos por nós [ainda não sabemos votar, pois elegemos os que agora querem acabar com nossos direitos] que tornaram profissão sua permanência de apenas quatro anos, quer legislando quer governando, com privilégios e foros absurdos. Tais congressistas jamais tiveram e ainda não têm a mínima consideração de gratidão por aqueles que um dia os alfabetizaram e prepararam para a vida cidadã, pelo contrário estão retribuindo de forma absurdamente imoral e vergonhosa o que os professores com tanto esforço em meio as dificuldades fizeram por eles. É desta maneira que nos retribuem retirando os nossos direitos conquistados, reduzindo os nossos salários ao invés de melhorá-lo e entre outras covardias. Estou certo de que existem vários congressistas que também são professores e que assim como eu, nossa categoria se esforça para dar o melhor de si todos os dias em salas de aula superlotada, tudo por uma boa causa: deixar sua marca estimulando nos estudantes o pensamento próprio, crítico e contribuir na arte de pensar e refletir criticamente para fazer suas escolhas na vida, melhorando o seu meio social e o país, para além do conhecimento científico. Você sabia que é por tudo isso, além da má vontade política, que você recebe um salário abaixo do que deveria e agora o governo quer tirar o direito de aposentadoria especial?

Que não há valorização da nossa classe disso já sabemos, bem como somos sabedores que o slogan pétreo deste país versa desde sua independência que: “a Educação é a chave para um país melhor” a fim de alcançar o tão sonhado desenvolvimento, mas sobrecarregaram, sobrecarregam e depositam nessa área toda a responsabilidade pelo bom andamento da sociedade em todos os níveis ou áreas. Chega a ser bizarro, motivo de chacota e uma contradição nosso país usar de belos discursos sobre a educação como principal meio de desenvolvimento e ao mesmo tempo fazer pouco pelo seu principal agente e ainda retira-lhe direitos. Não pretendo aqui agredir a classe política, mas, também, não podemos ignorar a realidade, de modo que isso me motiva a defender os direitos conquistados como trabalhador e zelar por eles e sensibilizar os demais professores de nosso Brasil, que estão sendo lesados por essas decisões absurdas projetadas e algumas até sancionadas pelo atual Governo. 

Sendo sincero, vejo um cortejo no congresso que se direciona ao sepultamento de nossos direitos conquistados. Querem apenas que nos dediquemos ao trabalho e nada mais. Não podemos reclamar, não podemos ser críticos e muito menos denunciar as péssimas condições de trabalho. Com a rotina que levamos praticamente não nos sobra tempo para vida familiar, social, o que nos causa um cansaço psicológico e o desenvolvimento de determinadas doenças pelo estresse e sobrecarga, e somos sujeitados a acolher as decisões do governo.

O tempo é precioso demais para desperdiçarmos, mesmo assim parei por um momento motivado a convidar você meu colega professor para juntos impedirmos esse cortejo funerário de nossos direitos e o que ainda está por vir, pois sabemos que isso é apenas uma parte da imoralidade planejada pelo governo. Somos livres, temos direito de nos manifestar e lutar por melhorias enquanto há tempo. Somos muitos e não podemos permitir que os congressistas continuem a fazer o que querem conosco, contudo temos que nos unir, unir e unir! Falar uma só linguagem e sustentar uma só decisão perante o Governo, fazer valer a nossa voz, não há outra saída.

Chega de manifestações isoladas! É hora de unificar a luta. Já estamos na areia movediça, nossa voz não está sendo ouvida, por isso é chegada a hora da mobilização nacional. Precisamos ocupar Brasília, praças e avenidas e juntos barrar as reformas de maldades com os nossos direitos enquanto ainda é possível. Se conseguirmos isso todos ganham, Estados e Município. O povo já mostrou outrora nas “Diretas já” que é possível fazer a voz ser ouvida e adquirir direitos. Gostaria que além dos sindicatos e organizações populares, os pais também aderissem, pois já fizemos tanto pelos filhos de vocês, agora é momento de estarem do nosso lado na luta pelos nossos direitos!

Não é só por nós e sim por toda a sociedade, pois a Educação é um serviço essencial. É pelo nosso bem, da sociedade, pelos nossos direitos e pela nossa história. Não quero ter o desprazer de participar de uma reunião do sindicato de minha categoria apenas para ser informado da perda dos meus direitos e que tenho que me preparam para isso. Façamos valer o nome de nossa categoria trabalhadora tão sofrida. A luta deve ser um estilo de vida de nossos sindicatos em todo Brasil [para nós SINTEPP]. Aqui não pretendo ofender ninguém, muito menos meus colegas de profissão, mas que todos se manifestem em favor dos nossos direitos. Vamos juntos provar para o Governo que aprendemos as disciplinas que ensinamos nas escolas e que a Educação de fato pode mudar uma nação. Apressemo-nos para as nossas conquistas. Nenhum direito a menos! Reaja professor, já estamos ameaçados, resta-nos lutar! Então vamos impedir esse cortejo e evitar que o pesadelo se torne realidade, meu caro herói Professor?


Adebi de Nazaré Teixeira é professor licenciado em Matemática, Física e pós-graduado em Matemática Financeira e Estatística.

Contato: adebielvis23@gmail.com.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Denúncias de Fraudes e Suspensão das Eleições do PED-PT/Belém

Apuração Imediata das Denúncias de Fraudes e Suspensão das Eleições do PED-PT/Belém. 

O Fórum da Militância do PT no Pará vem a público cobrar as necessárias apurações das denúncias que foram encaminhadas ao diretório estadual, sobre as irregularidades e fraudes ocorridas durante o PED 2017, etapa inicial do 6º Congresso Nacional, realizada no dia 09 de abril, data em que deveria ser de um novo recomeço e de demostração de um comportamento político exemplar, da parte de todos que estão filiados e filiadas ao PT, servindo assim de exemplo para a sociedade brasileira, sobretudo para nossas bases e movimentos sociais, que confiam em nossas propostas para mudar para melhor o Brasil. 

Consideramos graves e inaceitáveis, para ficarem impunes, as denúncias que foram fundamentadas em uma representação encaminhada ao Diretório Estadual do PT, na qual ficamos sabendo de que: 

1 – As mesas apuradoras negaram-se a apurar centenas de votos, depositados em 14 das 41 urnas 34 por cento do processo eleitoral, devido a constatação de graves irregularidades, devolvendo as referidas urnas para a Comissão Organizadora do PED em Belém. E logo depois a comissão, por iniciativa própria totalizou essas urnas, sem o menor critério ou justificativa, infringindo o regulamento do 6º Congresso do Partido;

2 – A existência de contratação de pessoas estranhas ao Partido, que aturaram na panfletagem e campanha eleitoral de “boca de urna”, o que fere a democracia interna, consolidando uma prática monetarista de ação política, tão usual entre os partidos que o PT tanto critica e combate; 

3 – Distribuição de tickets de gasolina - com o nome de uma candidata que concorreu ao pleito - distribuídos pela executiva do PT Belém, restando saber se a referida candidata financiou a realização do PED ou o PT financiou a candidata, o que em si já é uma falta grave de conduta, conforme as diretrizes do Estatuto do Partido e do Regimento Eleitoral deste Congresso; 

4 – A falta de observação aos critérios regimentais na apuração de 14 urnas que chegaram às mesas apuradoras, sem as mínimas condições de legalidade, entre as quais, pelo menos duas tiveram mais votos que assinantes permitidos em margem de erro, ou seja, motivos de serem impugnadas e não foram; 

5 – A existência de denúncias de que ocorreram a compra de votos, o aliciamento de eleitores, inclusive com constrangimento e o uso indiscriminado de veículos no transporte de eleitores, quebrando a igualdade de condições entre as chapas e candidatos que fizeram parte da disputa. 

Por isso, o Fórum da Militância exige: 

A apuração imediata de todas as denúncias, por uma comissão petista de inquérito, formada de forma equânime entre membros indicados pelas chapas que disputaram esse PED 2017; 

Que o resultado do PED seja colocado sub judice, até o término das investigações pela comissão petista de inquérito; 

Que caso as denúncias de irregularidade sejam comprovadas, o PED 2017 seja anulado em Belém;

Que a Executiva Municipal seja dissolvida e seja montada uma comissão provisória, que fique responsável de convocar no prazo de 15 dias, uma nova eleição municipal, e que os responsáveis pelas irregularidades comprovadas, tenham seus nomes suspensos deste novo PED, evitando assim sua participação nesta nova eleição e seus atos sejam encaminhados para a Comissão de Ética Partidária.

Concluímos de que não podemos mais permitir que o Estatuto do Partido, bem como o Regimento Eleitoral do 6º Congresso Nacional do PT, sejam ignorados pela direção municipal e estadual do partido, bem como pelo conjunto de filiados que participam das disputas internas em nosso partido. 

Diante de tantas atrocidades cometidas contra o PT e nossas gestões, os processos eleitorais de nossa democracia interna deveriam ser exemplos de transparência, ética e igualdade de condições, ao invés do que vimos acontecendo novamente neste Congresso, não só aqui em nossa capital do estado, como diversos outros municípios brasileiros. 

Alertamos que não descasaremos enquanto não houver uma justa apuração e conclusão destas denúncias e seus envolvidos punidos de acordo com o que nossos documentos internos determinam. 

A unidade partidária só poderá existir se o estatuto, as resoluções e os regimentos partidários forem respeitados! 

terça-feira, 4 de abril de 2017

Quem mexeu no meu Queijo, ops, no meu PT!



Todas as mudanças em geral trazer em si uma enorme resistência a ela, não cabe aqui discutir, o livro que Mexeu no meu queijo é um exemplo de como os hábitos, os costumes e o eterno fazer, trazem consequências ao longo do tempo, a partir do exemplo dos dois homens Hem e Haw e dois ratos Sniff e Scurry, moram em um labirinto, e comem queijo, o queijo aqui é a representação do ideal de cada um, e em determinado momento é a procura existencial de todos, em certo dia eles acostumados a comer em uma montanha de queijo, que para eles não teria fim, mas um belo dia, a montanha tinha simplesmente desaparecido, e vem então a grande pergunta, quem mexeu no meu queijo? 

O PT aqui no Pará está nesse momento, já elegemos mais de 25 prefeitos, e algumas eleições mais de 09 deputados estaduais, 03 deputados federais e já temos a uma vaga no Senado já em alguns momentos, e já tivemos um mandato no Governo do Estado. Mas hoje, com um diminuto tamanho no Estado, na quantidade de prefeituras, de vereadores, de deputados e ainda sim, se pergunta que mexeu no meu queijo?

O PT no Pará tem a possibilidade de se reconstruir e para isso deve PEDIR DESCULPAS, sim pedir desculpas a povo paraense por ter caído no conto da sereia (acredito que o Senador Jader esteja mais para tubarão), e que o surto progressivo do PMDB em apoiar o PT, na verdade foi um recuo dos nossos sonhos e desejos de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, e o campo majoritário do PT tem essa culpa sim! 

Devemos romper com esses setores autocráticos e coronelista no Pará, buscar aliança com a esquerda paraense e com os movimentos sociais organizados, só com esse dois elementos o PT no Pará pode pensar em ter unidade, e assim preparar um palanque sem golpista para Lula 2018!

De repente o PT se acostumou e se viciou em uma relação nada sadia com o aparato do estado, seja no parlamento ou no executivo, e com isso traçou toda sua estratégia para que as eleições tornassem seu único caminho, uma única via, uma única estratégia, mas isso já deu, estamos cansados de repetir isso, ao abandonar a luta estratégica nos movimentos sociais, como elementos de conquista de políticas públicas, ele abandonou na miséria seu próprio povo, pois no Pará, um estado atrasado e ainda cartorial, onde os coronéis ainda manda prender e soltar, e ainda matam a seu bel prazer, fazer alianças com essa corja foi e é o maior motivo da derrota do PT no estado do PT!

Sair da zona de conforto, procurar seu queijo em outros locais do labirinto é o desafio do PT no Pará hoje, assim como Haw que não ficou parado, cometendo o mesmo erro como Hew, que saiu no labirinto, procurando em camnhos ainda não trilhados, tentando, errando e acertando finalmente, enquanto Hew ficou no mesmo local, onde morreu com fome, sozinho e infeliz.

Para o PT no Pará começar a se reencontrar precisa superar o medo de mudar, precisa sair de sua zona de conforto, não precisamos de atalho para o poder no Estado, precisamos reconstruir nosso caráter coletivo, olhar de frente os erros do passado que nos levaram a essa sinuca de bico e assim, pensar em um futuro onde possamos nos encontrar a todos, nos movimentos sociais e esse apego desesperado pelo poder, possa ser sanado com a luta social e com a mobilização de nosso povo, construindo consciência e plantando a semente da mudança para uma sociedade mais justa e igualitária!

Ah, na historia os ratinhos chegaram ao novo queijo primeiro, mas eles apenas usaram seus instintos de sobrevivência, se o PT e seus parlamentares usarem seus instintos de sobrevivência eles jamais manterão o acordo do canalha do Jader!



Marcelo da Silva Bastos

Membro do Diretório Estadual do PT Pará, Ativista Social, Blogueiro.